viajando com jesus

Há uns dez anos estive em Curitiba, a capital do estado do Paraná! A rua das Flores é um calçadão! Um trecho da rua XV de Novembro para quem gosta de andar, de pisar no chão! Na tradicional feira de artesanato do Largo da Ordem, durante mais uma andança, da barraca de madeira trouxe uma lembrança! Conversei com o artista! Dele fiz um retrato, me senti turista e voltei à capital paulista! Passei a foto para o papel, a impressão dá alegria, quem sabe um dia à Curitiba voltaria. Agora a vida me oferece nova viagem para a capital paranaense! Lembrei da fotografia! Teria ele sobrevivido à pandemia? Entrei na feira de artesanato após uma década, como criança, olhando para tudo e todos, curioso a procura do artista! Meia hora depois, nada! E agora, o que faço? Mostrei o retrato a um expositor. Você o conhece? perguntei. Sim, é o Antonio, trabalhava aqui ao lado, hoje vende caldo de cana. Procure ali à frente! Mais forte bateu meu coração, havia uma pista, uma indicação! Dez anos depois, será

  As ruas Sinimbu e  Os 18 do Forte são vias importantes de Caxias do Sul, próspera cidade da serra gaúcha! Andei pelo centro em dia frio e de céu azul, depois de comer um filé no restaurante do Colégio São José! Era grande o movimento no horário escolar! Aquelas filas enormes de carros a estacionar, pais e mães a deixarem os filhos nas escolas para estudar. E eu ali com o celular a fotografar! Na volta para o hotel, um motorista de uber veio me buscar. Disse que certa vez fora a São Paulo buscar um carro que vira no mercado livre. Fez a compra e voltou dirigindo para Caxias do Sul. Que desespero, contou, era muito carro na rua, não estava acostumado com essa situação! Os motoristas queriam passar por cima dele! Vinham de todo lado! Ficou apavorado! Quanto mais corria, mais seu coração batia! Teve tanto pavor, que para não ver tudo aquilo, baixou o retrovisor! E seu nome é Arnestor! Báh! Viva!!! Esse estranho que mora no espelho (e é tão mais velho do que eu) olha-me de um jeito de que

O peito apertava, de todo lado vinha um chacoalhão, parecia provocação! Dizem que a aspereza da vida é que traz a evolução! Era aquele dia desafiador, não havia a quem recorrer de imediato, nem que fosse para simples desabafo! Ali na bela praça de Antonio Prado, berço da colonização italiana na serra gaúcha, fixei o olhar na igreja matriz, templo de oração, a pedir paz e proteção como aprendiz! Uma voz chegou forte aos meus ouvidos! Era a de Darci, já setentão e que me cativou de antemão! Contou que tem um bispo na familia, seu irmão! É seu amigão! Foram juntos para a Itália! Na volta houve turbulência durante o voo! Tremia o avião! O bispo se assustou, mas ele o divertiu: não se importe, não é nossa a aeronave, meu irmão! Logo voltou a calmaria! Disse que todo dia reza cem vezes a Ave Maria! Em favor de todos, inclusive para mim!  Quando jovem foi de bicicleta de Antônio Prado a Caxias a procura de trabalho! Auxiliou na restauração de muitos imóveis da cidade, como marceneiro. E essa