Ele fica na praça. Bem vestido, de bengala, ali dá o ar de sua graça. Faz poses, exibe seu charme. Parece que está a conversar, tamanho o interesse de quem se aproxima e o fascínio que passa a despertar. A moça dá-lhe atenção, sorri e coisa e tal. Ele se sente o maioral. Exerce seu poder de sedução. Gesticula, faz caretas, movimenta a mão. Aquele é seu momento. Mas não lhe basta o mero encantamento. Ele tem outro desejo. Ela parece ler seu pensamento. E ele ganha um beijo. E depois ali sentado, comportado, com aquele olhar já conhecido. É para o marido, que a tudo viu, não ficar enfurecido? Que nada!, com tudo o que registrou, deve ficar agradecido, não é marido? - Huummm!!!, comportado, depois daquele beijão, que safadão!
"O homem não morre
quando deixa de viver,
mas sim quando deixa de amar"
(charles chaplin)
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